O Livro do Ano!
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Em O último homem americano - Elizabeth Gilbert lança a seus fiéis leitores a idéia do que seria um homem real, e de verdade, para os dias de hoje
A autora de Comer, rezar, amar apresenta nesse livro a trajetória de uma figura brilhante e carismática, que deixou uma vida confortável e mudou-se para as montanhas Apalaches, onde vive até hoje em contato com a natureza e estimula cada vez mais pessoas a seguirem seus passos. O naturalista Eustace Conway sempre dominou diversos conhecimentos sobre a natureza. Aos sete anos, já sabia caçar com facas. Aos 12, partiu para a floresta, sozinho e de mãos vazias, construiu um abrigo e sobreviveu durante uma semana se alimentando do que tirava da terra. Quando completou 17 anos, foi acampar e acabou por deixar a casa da família de uma vez por todas, partindo para as montanhas. Enquanto estudava na Appalachian State University em Boone, na Carolina do Norte, adotou de vez a vida selvagem. Morou numa tenda indígena projetada por ele próprio, fez fogo esfregando gravetos, banhou-se em riachos gelados e vestiu as peles dos animais que havia caçado e comido. Formado em Antropologia e Letras em 1984, Eustace levou poucos anos até completar o sonho de infância: construir uma área de preservação ambiental que servisse como uma "escola da natureza". Ao comprar um grande terreno próximo a Boone, iniciou a Turtle Island Preserve, que até hoje atrai crianças e adultos para aprenderem mais sobre a vida natural e apreciarem uma vivência simples e rústica. Certos episódios na trajetória do naturalista não são dignos de elogios, apesar da idolatria que muitos nutrem por ele. Com honestidade, Gilbert mostra como a personalidade de Eustace é dotada de contradições. Entre namoradas de quem se distanciou e aprendizes de Turtle Island ofendidos por ele, Eustace foi acusado diversas vezes por um suposto apego material - mesmo pregando o contrário -, além de se mostrar estranhamente severo com alguns de seus seguidores. Apesar das críticas dos detratores, os relatos que Gilbert descreve têm uma verdade em comum: o naturalista é uma figura cativante, original e dedicada. A autora conta ainda as extraordinárias aventuras selvagens dele, incluindo a caminhada de 3,2 mil quilômetros na trilha dos Apalaches e uma jornada lendária empreendida pelo naturalista, na qual atravessou os Estados Unidos a cavalo.
fonte: Marie Claire Brasil
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Fonte: Cotidiano - Folha de São Paulo
Com registros vagos, a figura histórica de Zumbi foi criada, interpretada e reinterpretada ao longo do tempo. Segundo os historiadores Jean Marcel Carvalho França e Ricardo Alexandre Ferreira, autores de "Três vezes Zumbi: A construção de um herói brasileiro", essas diferentes fases podem ser vistas em três momentos distintos.
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O livro mostra como a figura do líder se sobrepôs gradativamente ao grupo de escravos fugitivos do qual pertencia. Nos primeiros registros de rebeldia na serra da Barriga, Zumbi era citado poucas vezes e de passagem.
Contudo, para seus contemporâneos, o perigo que o quilombo representava era notório, tanto para portugueses quanto a holandeses, que ocuparam a região entre 1630 e 1654. As autoridades procuraram com afinco debelar o foco de instabilidade para a capitania de Pernambuco.
Rocha Pita, um dos primeiros a dar maior visibilidade ao escravo rebelde, defendia que Zumbi era um cargo e que o último deles havia se suicidado. Pita narra o episódio com nuança de um épico.
Durante o século 19 e início do 20, Zumbi e Palmares perderam importância e ganharam contornos negativos e menos grandiosos. O quilombo passa a representar uma volta à barbárie africana e, consequentemente, um impedimento ao progresso segundo o modelo europeu. Ainda que valorize Zumbi como grande guerreiro, o período enaltece o paulista Domingos Jorge Velho na eliminação no "cancro".
Zumbi ganha mais espaço na década de 1930 e supera a imagem do quilombo. Nas últimas décadas se transforma em um pioneiro na luta pela liberdade --um campeão dos oprimidos--, chegando a ser adotado por diversas minorias como aquele que luta contra qualquer segregação social.
Ao usar o caso de Zumbi, França e Ferreira fazem o leitor perceber que o "dono da verdade" muda conforme a maré da ideologia vigente. Em cada contexto histórico existe uma versão que ganha força, entre acadêmicos e no senso comum. Um herói torna-se um vilão ou vice-versa.
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O ex-vice presidente dos EUA já havia chamado bastante atenção sobre o tema e agora ele volta com este lançamento que mostra claramente o caminho a seguir.
Em cinco capítulos, Jack Lang, ex-ministro da cultura da França, retrata a vida de um mito: Nelson Mandela.Um guerreiro na luta pelos direitos dos negros, Mandela passou 27 anos preso em Robben Island, saindo em liberdade em 1990.Tornou-se o primeiro presidente negro da África do Sul e conseguiu reconciliar negros e brancos. Em 1993 recebeu o Prêmio Nobel da Paz.Este livro, contudo, revela também as contradições do próprio Mandela, na forma de um drama em cinco atos: no primeiro ele é o irmão africano de Antígona; consciente de um dia ter de infringir a lei do Estado em nome de um dever superior; no segundo é Espártaco, o escravo que lidera uma rebelião contra os poderosos; no terceiro é Prometeu,acorrentado pelo racismo; no quarto ato é Próspero de "A tempestade" de Shakespeare,o benfeitor da humanidade, e finalmente no quinto é o Rei Nélson, o sábio soberano. O prefácio é assinado pela escritora sul-africana, Nadine Gordimer, Prêmio Nobel de Literatura e grande ativista pelos direitos humanos.
Até 2 anos atrás eu achava ja ter estudado e pesquisado à vida de todos os maiores black trunks do planeta; até ler e reler à vida de Sergio Vieira de Mello; Um dos maiores exemplos de um ser como humano, com todos os defeitos característicos de um homem na posição social e de ação em que se encontrava; quase um Super Homem de carne, osso e grau de espiritualidade elevadíssima. Samantha Power mandou muito bem!
Chamo esta à biografia da década no Brasil, uma das mais polêmicas figuras públicas que desde criança ouvia meus pais e pessoas muito cultas falar do Padim; chega a ser surreal o gigantismo de sua aura, sofrimento, discriminização que passou e poder religioso e político da maior lenda religiosa do país.
Há muito tempo que não me emociono tanto ao ler um livro. As descrições de personagens como Jesus, o espirito da criação, Deus chega a ser ilária e muito divertidos! Vale a pena ler para refletir.
"Gerações futuras mal acreditarão que um homem de carne e osso como Gandhi tenha vivido na Terra."
(Albert Einstein)
Com certeza muitos reservas florestais...e as onças pintadas ja teriam sido extintas se não fosse a existência do fotógrafo Araquém Alcantara.
(em inglês) A maior obra literária sobre um músico popular do mundo, da fase barra pesada como Rude Boy na maior favela na Jamaica ao estrelato mundial como revolucionário da paz; recorde de show em Milão na Itália (120.000 pessoas) pai dos 7 filhos de Rita à filhos com filhas de Reis, Miss Jamaica, Miss Mundo á flertes (e mais filhos) com atrizes de cinema; Magias de Obah renderam uma obra prima que lembra o melhor de Gabriel Garcia Marques, num mundo atual onde djs levam milhares as festas, Bob Marley vende "morto" mais de 9 milhões de dólares por ano. Imagina se Hollywood um dia produzir um filme sobre o mito? Timothy White é jornalista do New York Times e era amigo íntimo do mestre, viaja nas nuances e musical da lenda.